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INTO THE WIRELESS


Christopher Johnson McCandless era um jovem confuso com sua realidade, cresceu na natureza mas não se sentia adaptado. Questionava o que acontecia ao seu redor, questionava os valores ali aplicados, não se sentia parte daquilo.

Após anos na floresta Chris resolveu abandonar seu lar com destino a cidade grande, sem nenhuma experiência com a selva de pedras ele leu sobre o que acontecia na megálopole, sobre os animas selvagens que ali viviam, as ferramentas necessárias para sobrevivência, e apesar do ambiente hostil não mudou o seu plano, seguiu em frente.

Começou a sua saga, e logo resolveu se desprender do seu nome de batismo e mudou para Alexander Supertrampo, pois estava focado a se adaptar ao mundo moderno.

Alexander foi fazendo seu caminho a pé, e logo parou em um pequeno vilarejo para tentar conseguir seu primeiro trabalho, conseguiu um, em uma fazenda.

Trabalhou duro por semanas, se destacava pela força de vontade e por nunca demonstrar cansaço: estava focado.

Juntou uma grana e logo comprou uma moto, não era grande coisa, mas pra quem andava a pé era uma evolução.

Seguiu seu percurso, se aproximava cada vez mais da sociedade.

Arrumou emprego em uma pequena empresa, o salário era melhor que o anterior, acostumado com pouca coisa para viver logo juntou mais uma grana.

Dessa vez comprou um carro, sua adaptação a sociedade foi rápida, e quanto mais se adaptava mais agressivo ficava. Por diversos momentos ele lembrava de sua vida na floresta, não podia voltar atrás, o ego não permitia.

Após alguns meses de trabalho e viagem Supertrampo conseguiu chegar a cidade grande com seu carro e algum dinheiro no bolso, notou que todos por ali se vestiam bem, pareciam seguros, pareciam bem. Na verdade, só pareciam.

Logo entrou em uma loja para comprar algumas roupas para ficar ainda mais confortável.

Mas ainda lhe faltava algo, ele não se sentia parte daquele ambiente ainda.

Notou mais tarde o que precisava para a mutação ficar completa, era um objeto que todos tinham em mãos, ele emitia uma luz forte e constante, todos mantinham um olhar fixo para aquilo, pareciam ser hipnotizados por ele, pessoas jantavam juntas e não se olhavam, marcavam encontros mas não se encontravam, não conseguiam viver sem o objeto em mãos.

Correu para comprar o seu objeto.

Saiu da loja entusiasmado, foi logo ligando o tal aparelho e se adaptando.

Porém se sentiu mal rapidamente, estava zonzo.

Fez uma busca no próprio objeto e percebeu o perigo do aparelho que tinha adquirido, ele era tóxico.

Alexander ficou confuso, não entendia o motivo pelo qual todos utilizavam aquele apetrecho.

Se desesperou tentando desapegar-se do smartphone.

Caiu em lágrimas e sentou-se, não tinha força para lutar contra, lembrava da vida na natureza e das angustias descobertas recentemente em sua empreitada. Passou um filme em sua cabeça.

Entretanto era tarde demais para John, já estava conectado a um wi-fi.


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