A algum tempo deram-me uma missão E missão dada é missão cumprida Mas o que fazer quando a questão Aparentemente é suicida?
O tema era "ser autor" Escrito sobre forma de crônica Narraríamos nossa mínima experiencia Tentando o fazer de forma cômica
Compor em conjunto é difícil Não tem atalho, mágica e nem truque Horas debatendo e discutindo Através de um chat de Facebook
Então passaram-se meses E nada de bom produzimos Pensamos em desistir por vezes Em outroras insistimos
Uma luz então por fim surgiu Mandamos a crônica pro beleléu Ora diacho, pois então Resolvemos escrever esse cordel
Mas um cordel simples e amador Rimas humildes ABAB ABBA Já que a quadra tem quatro versos E de forma alternada rimará
Um ponto aqui foi levantado A tal crise de criatividade Podendo acometer todos autores Indiscriminando o grau de produtividade
Um dia você acorda E nada bom lhe sai da cabeça O que fazer para impedir Que tal flagelo lhe aconteça?
Impedir, de fato não sei como Mas oriento-o como se portar Primeiro não se desespere Quando por ventura a idéia lhe faltar
Relaxe e espere um pouco Espere até muito se precisar A inspiração é rebelde e as vezes some Talvez tenha saído pra passear
Tente chamá-la de volta Pois é certo que irá voltar Será que ela não sumiu porque, Você mudou sua forma de expressar?
Enquanto você reflete Abandornate-ei por agora Daqui o Bernardo assume E em seguida vamos embora
Vieram me pedir pra explicar Sem nem saber bem o que eu faço Como posso uma analise montar? Sem sapiência nenhuma eu vos falo
Sou uma eterna criança Não cresço nem com uma pá de fermento Que acha até na tragedia uma graça Pra alimentar o seu tormento
Nasci, cresci e pretendo morrer Assim bobo serei, como sempre fui Sem saber os motivos do escrever Buscando sem ter que me instrui
O bobo agora produz algo útil Não me pergunte pra quem So não me diga que é fútil Ver graça em tudo o que tem
Uma grande virtude é o humor Triste quem com ele não sabe lidar Em mim ele vigora sem pudor Sabido que quem não tem, procura-o para comprar
Digo a quem quiser o que penso Não espero desse alguém um brinde Apenas que reflita com outro pensamento Em algum momento terá o que lhe atinge
Adeus a todos que se blindam em sua mísera verdade própria vos falo sobre minha vida Também falo de você que não se toca
O Carlos foi mais ja voltou E só o fez para finalizar Esse cordel deveras longo Já passa da hora de acabar
Entenda que para criar e compor O cérebro precisa de motores Pois o café que instiga a mente É sabido ser o Café de Autores
Assim os pensamentos navegam Como tortuosas frágeis naus No mar revolto das idéias Que vem do Ócio ao Caos.