Esses dias eu estava pensando sobre plural.
Pensandos, pois eram mais de um pensamento.
Aí me atentei ao fato de plurais curiosos, por exemplo:
O plural de mãe é mães
De mão é mãos
Porém de pão é pães
E de limão é limões
Poderia eu, ousado ser, ao dizer:
Que afortunado é o filho de duas mãos
Que vestiu luvas em ambas as mães?
Ou ainda que algemaram as mões de dois irmões?
Vixe que confusães!
Agora não sei se mões foi o plural de mãe
Ou será que era apenas de mão?
Caramba me meti em confusãos!
Está pior que ferida ardendo quando se pinga limães
Valha-me deus! Que fome é essa? Quero matá-la com dois pões.
Então da mente recebi um sinal
Pensando assim, o plural de mal
Provavelmente dever ser mais
Já que de final, certamente é finais
Aí fui contar isso para o Jamal.
Contei, mas ele não gostou.
Perguntei se ele queria ouvir,
O plural do nome dele, como ficou
Mas ele me disse enquanto ria
Que o plural do nome dele
Pela minha regra, já sabia
Só não queria ouvi-lo hoje
E nem nunca mais
Pois pela minha lógica, o plural de Jamal
Era Jamais.