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SPACE JAM


Lembra desse filme?

Deixe-me ser mais específico: lembra quando você foi assistir essa magnífica obra no cinema? Lá de volta nos anos 90?

Pois é, eu lembro. E eu lembro como eu saí de lá querendo que o Michael Jordan, o Perna-longa, o Coyote, e todo o resto dos Looney Tunes surgissem no mundo real. Mas eles nunca surgiram. E olha que eu acho que era mais provável trombar com o Patolino na rua do que com o Michael Jordan, no Brasil da década de 90. Mas enfim, não é sobre esse tipo de coisa que vamos falar. Vamos falar sobre a chave da história do filme, que é a bola de basquete enfeitiçada que rouba talentos.

Bola esta, que metaforicamente vou transformar no evento enigmático que fez com que todo o futuro promissor, e talentoso, desaparecesse da vida de muita gente, do nada.

Você deve estar se perguntando: como assim?

E eu vou te responder:

É bem simples. Lembra quando você era bom em alguma coisa, lá pelas tantas da pré-adolescência, e todo mundo falava:

“...nossa, ele vai trabalhar com isso quando crescer” ou “...esse menino será o melhor [insira aqui o que quiser] nessa profissão”.

Nessa época eu ouvia um bocado de coisas desse tipo, e nenhuma, repito, nenhuma delas, se realizou.

O que aconteceu então? Onde foi parar todo aquele futuro promissor? Aquelas habilidades notórias? Aquela facilidade com alguma matéria da escola, ou algum esporte novo (essa eu nunca tive, mas muito amigo meu tinha, de sobra).

Talvez tenha ido pro Futuro do Fracasso, ou pro Futuro Que Não Tenho, ou ficado lá no Pretérito Perdido. Lugares estes que são Tempos Verbais metafóricos, cuja existência revelei em outro texto.

De verdade que eu não sei aonde foi parar meu talento, que dava suas caras mais ou menos quanto eu estava na quinta série.

E não se surpreenda se está achando esse texto meia boca, acho que até minha habilidade pra escrever idiotice foi-se embora (presumindo que um dia eu possuí alguma).

Eu só sei que eu era inteligente, até pegar a bola do Space Jam.


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